Starita

Sara Guerreiro

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Christine by Starita, literature

Literature

Christine

Levantei-me cedo aquele dia. Queria chegar cedo junto a ele. Aproveitar cada segundo da manhã, da tarde, da noite. Amava-o como nunca havia amado ninguém antes. Tudo era perfeito não fosse o mundo em nossa volta. Tinha de esconder tudo. Absolutamente ninguém poderia saber de tudo o que se passava connosco. Iriam considera-lo imperfeito demais. Nunca ninguém entenderia. Nunca ninguém entenderia os seus devaneios. As vezes que se ausentava de tudo, até de mim. Todos me avisavam sempre: "cuidado com o que te metes Christine! Cuidado! Se ele te amasse nunca agiria assim". E isto diziam os amigos mais chegados. Aqueles que sei que se preocupavam c

Indisposicao by Starita, literature

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Indisposicao

Estava sentada numa cadeira. Olhava o televisor que não dava qualquer programa de interesse. Sentia-se atordoada. As imagens começavam a rodar. O estômago começava às voltas. As dores alastravam-se por todo o corpo. O calor. O mau-estar. Tentava abrir e fechar os olhos, com as mãos coladas ao abdómen e tudo parecia fugir do seu lugar. Na sua mente só cubos de gele pairavam. Fresco, algo fresco. Ar. Gelo. Sentia-se na esperança que tudo passasse rapidamente, mas não demorou até que começasse a sentir uma enorme sensação de vómito, que lhe perturbava todo o corpo. Correu em direcção à casa de banho, não conseguindo a tempo lá chegar. Ajoelhou-s

Suicidio? como? by Starita, literature

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Suicidio? como?

Tinhas perdido tudo. Era um daqueles momentos em que só te restava desistir. Deitavas-te no sofá azul do quarto e fechavas os olhos. Percorrias mentalmente os armários de medicamentos de casa. Não tinhas nada... nada forte o suficiente. Nada que tivesse resultados garantidos. Pensavas nas facas de cozinha e arrepiavas-te com a simples ideia da dor. Imaginavas o sangue a escorrer-te pelo braço e a morte a tender em demorar. Um telhado talvez? E se não fosse alto o suficiente? E se chegasses cá a baixo de coluna partida, mas ainda a respirar? Não...seria terrível. Se a vida assim não tem sentido, como seria se nem mover-te pudesses? Não vias so

Um barulho atordoante by Starita, literature

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Um barulho atordoante

O barulho ribombante atordoava-lhe os ouvidos. O céu estava nublado, encoberto com um nevoeiro espesso que o impedia de ver decentemente o mundo. Um calor imenso. Aqueles calores estranhos que nos parecem indicar que algo de mau está para acontecer. Sentia dificuldade em respirar. Não lhe apetecia largar a pequena garrafa de água que enchia, bebia e voltava a encher repetidamente durante todo o dia. Sentava-se à janela, olhando lá para fora. O barulho continuava sem cessar. Perturbava-o demais. Não queria mais ouvi-lo. Queria que parasse. Não entendia o que se estava a passar. Simplesmente olhava o céu e dele pareciam nascer laivos alaranjado

A Terra e isto? by Starita, literature

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A Terra e isto?

Ideias mirabolantes que têm por vezes, aqueles que são considerados loucos. "Isto não é a Terra" – diziam eles! Será que não vêm que fomos todos abduzidos! Mas como não percebem?! Ninguém os ouviu, e continuaram isolados do mundo. Fechados numa casa de ar triste e com grades nas janelas. Ali ficavam dia após dia, tentando gritar: "Acordem! Não vêm que não é a Terra!". Os tempos se passaram, noites e dias , dias e noites. Gostavam de se sentar à janela à ver a luz da lua. Dava-lhes um toque de liberdade àquilo que já mal consideravam vida. O sufoco de uma prisão invade-nos os sentidos, rouba-nos a coerência do pensamento, perturba-nos. Presos

Duche matinal by Starita, literature

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Duche matinal

Ela tomava o seu relaxante duche matinal, quando foi perturbada por três pancadas secas na porta de casa. Saiu da banheira, tomando cuidado para não escorregar, embrulhou-se na toalha e foi até ao hall de entrada. Abriu a porta. -- "É hoje que tem de cumprir a sua missão, Madame Crains" -- disse-lhe o homem, de fato e gravata negra, que se apresentava à sua frente, passando-lhe uma pasta para a mão. -- "Assim será" As palavras saíram-lhe sem que entendesse o que estava a dizer. Missão? Ela não sabia quem era aquele homem, não sabia a que missão se referia...então porque o "Assim será!". Disse-o sem pensar, como se algo no seu inconsciente

O vigilante by Starita, literature

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O vigilante

O vigilante teria de ali ficar pela noite fora. Não poderia fazer grande coisa se algum perigo surgisse, não era polícia, não tinha qualquer arma. A sua única função seria dar o alerta, caso algum problema surgisse. Passava ali noite após noite enquanto a sua esposa dormia sozinha no quarto de sua casa. A zona não era propriamente muito bem frequentada. Rara era a noite que uma qualquer prostituta não lhe viesse oferecer os seus serviços. Sempre os recusou...até um dia... Havia discutido com a mulher: "Esse teu emprego! Nem te vejo! Já era tempo de te preocupares em arranjar outra coisa. Pensei que tivesses ido faze-lo esta tarde...mas não,

Insonias by Starita, literature

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Insonias

A insónia corroía-a por dentro. É tão tarde já. Acabou de ler um livro. As horas passam e o sono não chega. Cada vez dorme menos. Por vezes parece até que o sono espreita, mas uma espécie de vontade superior a impede de deitar-se na cama. Sente o desperdício de tempo. É só esse o seu problema. Passa as tardes inteiras sem conseguir fazer nada, apática, parada, sem forças, nem movimento. Sente-se observada, sente-se presa. Uma falta de liberdade que só regressa de noite quando está sozinha no quarto. E aí necessita de recuperar o tempo perdido, necessita de fazer tudo o quanto não consegue fazer durante o dia. Deseja escrever um livro. Deseja

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Doce Vinganca by Starita, literature

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Doce Vinganca

Doce Vingança Anda aqui. Aproxima-te de mim. Vem suavemente, pé ante pé, sentar-te a meu lado. Deixa-me sussurrar-te ao ouvido o quanto te amo. O quanto faço tudo o que quiseres para que fique a teu lado. Deixa-me ensinar-te o som da verdadeira melodia do amor. Deixa-me passar a língua, suavemente pelo teu lábio, até que acabemos deitados na relva a contar as estrelas que nos sobrevoam nos céus. Deixa-me tudo... Deixa-me ser tua por uma só noite, enquanto o mundo se esquece que existimos. Sei que sabes que ainda te amo, e sei que confias e sempre confiarás em mim. Hoje alimentei essa confiança. Fiz-te descobrir que o perdão não tem limites.

Doce Vinganca

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new desktop - III by Starita, visual art

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My Bio

Current Residence: Mafra
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MP3 player of choice: My discman :P (& winamp)

Favourite Movies

Donnie Darko; LOTR; eXistenZ, Silence of the lambs, Shining, Se7en, Equilibrium (....)

Favourite Bands / Musical Artists

Placebo, Muse, Ornatos Violeta, Anathema, A Perfect Circle... (e ...e..e.. e....)

Favourite Writers

Fernando Pessoa; Terry Pratchett; Ursula Le Guin; J.R.R.Tolkien; Marion Zimmer Bradley

Other Interests

toooo many...

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Starita

Jun 6, 2005

Friends and Clubs

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My Clubs: ~Anathema-Fans (https://www.deviantart.com/anathema-fans) :bulletred: :iconpt: :bulletred: :iconperfect-circle: :bulletred: :iconfragile-dreams: :bulletred: :iconLacunaCoil-Fans: :bulletred: :iconPlaceboFans: :bulletred: :iconNightwishLovers: :bulletred: :iconwithintemptationfc: :bulletred:  :icontoranja: :bulletred: :icontoolfans: :bulletred: :iconkatatonia-fans: :bulletred: :iconHigurashi-FanClub: :bulletred: :iconHigurashi-Fan-Club: :bulletred: :iconFate-Stay-Night: :bulletred: :iconclaymore-fc: :bulletred: :iconFMA-Addicts-club: :bulletred: :icongantz-fan: :bulletred: :iconharuhi-madness: My :heart: :bulletpurple: :iconTheDevilMayCry: :bulletpurple: My family:

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Starita

Jan 5, 2005

O tempo...

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Sim, são sempre momentos assim que me levam a isto. São sempre momentos assim. Momentos sem cor, que me fazem pintá-los com palavras. O tédio envolve-os. O tédio, o vazio, o medo. Uma confusão plena de momentos, sintonizada apenas num segundo só. Um segundo que passa, outro após outro. Olho o relógio. Ali fico, a olhar. O tempo passa, devagarinho... Serão momentos pensativos? Não são. De certo não o são. São simplesmente momentos vazios, que tentam buscar algo para que não se sintam sós. Não se deveriam sentir sós, quando são tantos. Quando se

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Starita

Jan 5, 2005

00:26....

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Peço que me deixes viver o mundo, sem sombras. Deixas? Peço que aprendas que nada é complicado na vida. Aprendes? Peço que entendas que nada falta, se assim quiseres. Entendes? Quem sou eu para fazer pedidos? Quem sou eu para que os escreva no papel, para que alguém os leia? Quem sou eu, para... Não farei pedidos. Não sei dar lições daquilo que nem eu sei fazer: viver. Vou ficar aqui, sentada no quarto, pela noite fora. Vou ficar aqui a olhar um ecrã vazio. Posso aqui ficar a noite inteira? Deixas? Posso ficar à espera do nascer do dia? Posso? Quem és tu para responder? Quem és